O mundo é um fardo muito grande para se carregar só


Saí do banco, vim caminhando para minha casa e em meio a tantos pensamentos me veio a frase do título. De fato, o mundo é um fardo muito grande para se carregar só, contudo, por que o carregamos?
Eu não sei em qual momento a gente desperta para o que ocorre no nosso dia a dia (se torna adulto) e pensa que devemos carregar todas as dores, desamores, ódios e amor do mundo só. Em qual momento a gente simplesmente acha que esse fardo é só nosso e que devemos nos responsabilizar por cada atitude de pessoas ao nosso redor e até de pessoas que não estão perto.
E além de tudo esquecer todos os nossos sentimentos, por que a onda "egoísta" de pensar em nós, em nossos amores e raivas, devemos deixar de lado, totalmente de lado.

E no fim, quem deu essa responsabilidade a gente, em grande parte, foram nós mesmos. Claro que há uma porcentagem daqueles que vivem ao nosso redor e que nos cobram um atitude de liderança perante todos os conflitos, mas nós também escolhemos carregar esse fardo como também deixamos que os outros os colassem em nossas costas. 

Já parou para pensar nisso?

A decisão está conosco, nós temos o poder de modificar nosso dia a dia. Sim, temos. Não, não é facil e ninguém disse que seria.
Como?
Primeiramente, diria que deveríamos tirar um tempo para tudo, nos resguardar e aproveitar esse momento para nos conhecermos, só sabendo de nossas rachaduras poderemos ver o quanto estamos mudando e o quanto devemos mudar.
Segundo, diria que deveríamos olhar tudo ao nosso redor e carregar somente aquilo que nos pertence exclusivamente. Ninguém carrega um fardo maior do que pode carregar e sendo assim, cada um desse mundo está carregando aquilo que lhe pertence (ou deveria) então, pega o que é teu, o que diz de você, coloque na costas e vá caminhar.
Terceiro, ao pegar sua mala tenha consciencia que tá tudo bem. Você pode chorar, gritar, sorrir, parar para descansar, reclamar do peso e depois perceber que está bem leve. 

Que tenhamos essa consciência que tá tudo bem.
Eu to nesse segundo processo, tentando pegar o que é meu a anos e assim entendendo quem eu sou, claro que isso está grudado na terceira opção, por que sempre, sempre, estamos caminhando.

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