Setembro Amarelo - Prevenção do suicídio




"Escalo a cama do alto e
Olho de dentro pra fora
Miro a janela pro salto e
O medo estoura o meu coração
Me aperta o sangue
Tanto que corte nenhum vaza
O sol não aumenta o calor, e eu já não sinto mais..."

Janela
Simonami



Já ouvir pessoas falando que uma pessoa que tira sua própria vida é corajoso. Afinal, grande parte da população tem medo da morte, tem medo do que virá depois. Também já ouvi muitos falarem que é um extremo ato de covardia, quem se mata está apenas fugindo de seus problemas.  O objetivo desse texto não é trabalhar nem um ponto nem outro, quem sou eu para julgar alguém? Quem sou eu para estabelecer os motivos que a pessoa tem para esse ato? A grande questão aqui é o que está por trás de tudo isso.
Quem pensa em se matar não resolve fazer isso de um dia para o outro. Ela alimenta isso em seu
intimo, a cada dia, a cada instante. Tudo se torna o inverso do que seria, cada palavra sua é vista pela própria pessoa como o fim do mundo. Acredito que quem pensa em se matar já leva consigo uma depressão, mesmo que muitos, e própria pessoa, não acredita que tenha. É uma questão que vai mais além do salto de uma ponte. Motivos banais ou não, cada um criou ou cria para si um mundo do qual não faz parte e que não há motivos para fazer.


Nossa geração é complicada. Tudo se divulga, tudo se critica, tudo é briga, tudo se destrói, tudo é o fim do mundo, tudo se julga e a ninguém se ajuda. A ninguém se consola, a ninguém palavras que salvam.
Ninguém se predispõe a ajudar, ouvir o próximo. Muitas pessoas só querem falar por que ao falar do que se sente, no fundo, a pessoa se sentirá em paz.
O que se precisa é ouvir, mas não simplesmente deixar que as palavras cheguem ao seu ouvido. É necessário dar atenção.
Também é preciso buscar formas de se livrar dos pesadelos, do que te deixa triste.
Eu sou depressiva, até mais do que eu gostaria de admitir e não consigo falar com qualquer pessoa justamente por que vejo que nem todos querem ouvir os meus dilemas. Mas eu preciso libertá-los, tirar aquilo que me destrói e assim eu escrevo. Busco nas palavras, algumas vezes rimadas, a maneira de preencher o buraco que tá aqui. As vezes uma música me salva, as vezes uma palavra e na grande maioria das vezes o que eu escrevo.
É assim. Não dizem que de santo e doido todo mundo tem um pouco? (não sei se a frase é assim) A mesma coisa o contrário: de tristezas e alegrias cada um tem um pouco. Só não podemos deixar que as tristezas prevaleçam no nosso dia a dia.

Se você pensa em tirar sua vida, não faça. Parafraseando uma frase do meu autor favorito: sempre dar certo no final e se ainda não deu certo, dará. Existe sempre uma opção a seguir, portas que não vimos que estava aberta. Tudo depende de você, seu fim e sua solução.


Deixo com vocês meu e-mail para aqueles que desejam conversar, contar alguma coisa, desabafar ou até xingar. Não há problema: simone.sfribeiro@gmail.com
Sintam-se a vontade.

Deixo também um texto bem simples e muito bom sobre essa campanha, só clicar aqui.


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