Sentimento: Grito!

Dia 02, pude ir no show d’A Banda Mais Bonita da Cidade... e meu Deus! Como pude cantar, quase gritando, todas as musicas.

Eu gosto muito da vibe de shows, ali é meu lugar. Gosto do fato de você poder cantar sem se importar se tá no tom certo, de gritar sem muitos motivos aparentes, de pular, de se jogar e dançar esquisitamente.

Eu gritei! Joguei em cada canção interpretada por eles meus sentimentos, ali não importava se minha dor era verdadeira ou não, se eu estava bem ou não, se iria chorar ou não e eu tinha certeza que não importa o que eu fizesse, tudo bem... não teria problema.

Meu corpo ansiava por grito, por esvaziar esse copo de sentimentos que estava transbordando dor e nunca ficando vazio, só se preenchendo de mais dor. Eu queria jogar pra fora todas as minhas incertezas, tudo aquilo de negativo que ainda tinha ficado, eu queria continuar me sentindo plena.


Eu queria desabar e demorar o máximo que eu pudesse para me reconstruir. Tirar esses alicerces que estão frágeis, porque, não foi eu que construir... foram outros... uma outra eu.

Eu queria gritar, pois, como disse a Clarice Lispector, é preciso gritar! Se jogar e não querer nada em troca.

Eu só queria estar ali, viver aquele momento, sem me perguntar se o futuro seria igual, se amanhã eu teria voz, se alguém olharia pra mim. Eu só queria ser... Ser aquilo lá, ser eu mesma. A confusão em pessoa, a que transborda sentimentos e precisa de musica para se localizar.

Eu vivo musica. Eu vivo grito.


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