Retornar.

Tempo posso te pedir um segundo? Fique um pouco, fique um pouco mais Sei não sou tão paciente contigo Que fique um pouco, fique um pouco mais
Versos que compomos na estrada -- Tempo


Retornar a algo que abandonou talvez seja muito mais difícil do que ter continuado sem ter parado ou iniciar algo novo. Retornar sempre tem um peso maior, pois todos que estão envolta da situação espera que você seja a mesma pessoa de sempre, mais a versão de si mesmo já atualizou algumas vezes no espaço de tempo e é impossível parar as atualizações ou volta ao que era. E aí? Ser sua melhor versão ou atender ao pedido dos outros e voltar a ser o que não é mais? 
Mas esse questionamento é tão fácil de responder, mentira... é não. A sociedade nos cobra, nos induz, nos diz o que devemos ou deveríamos fazer, nos cobra postura antepassadas, opiniões cruéis e no fim nos diz que fizemos tudo errado. Quer que a gente nunca mude, mas como? O mundo é mudança constante e nós estamos nele.
Se as coisas não mudassem, não teríamos tecnologias tão avançadas, acesso a internet, conhecimento de outras culturas e não veríamos que certas coisas são tão cruéis na historia de nossos antepassados que seria muito impossível e terrível repeti-los. E é serio que, com avanços constantes em todos os âmbitos da sociedade, querem que continuemos os mesmos?

Basta! É preciso dar um basta. O verbo “mudar” deve ser usado no presente, no futuro, mas nunca no passado.

Eu estou retornando ao blog, as minhas leituras, poesias, escritas e não sou a mesma. Parei porque percebi o quão depressiva estava e o mundo não precisa disso. Eu preciso falar de coisas sérias, ao menos pra mim, coisas da alma, mas que tenha algum tipo de consolo e não reafirmar um mundo cruel onde deveríamos preferir morrer a viver nele... Eu sou a favor da vida e então por que eu, internamente, estava indo contra?
Passei um mês de férias de mim. Estava cansada dessa versão desatualizada que me fizeram viver, onde tenho que me dedicar somente ao trabalho, somente aos estudos, nada de rir, nada de viajar, nada de ser diferente. Estava cansada de verbos no passado, mesmo que o sentido fosse no futuro.
Ainda estou cansada. Mas a férias de mim, do que escrevia, fez com que uma esperança, a minha esperança e fé, voltasse como elas sempre voltam. Renovei em mim o que estava começando a perder, e antes de perde-me nesse labirinto supostamente inofensiva, preferi buscar outros caminhos.

Estou retornando e já sinto o peso do mundo me cobrando algo, mas sinceramente, prefiro dar ouvidos a minha fé e esperança do que ao mundo. Se tem uma coisa que as pessoas, de modo geral, me ensinaram é que nada sabem, nada querem, mas muito cobram.

Prezados, vamos retornar a nós mesmos? Vamos nos atualizar conforme NÓS queremos?

Se tem uma coisa que vou reafirmar nesse blog durante todo o tempo que ficarei por aqui, é a necessidade de sermos nós mesmos, conforme nós queremos!


Instagram: @smribeiro21

Comentários

  1. Passando pelo mesmo dilema. Com a certeza de que a melhor versão de nós sempre saberá o que faZer. Vamos em frente sempre. ����

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