Março e pouca coisa mudou?


Março, 1ª parte
Acredito que pouca coisa se muda em tão pouco tempo de diferença. Na verdade, não era para se esperar muita coisa.
Dessa vez a bad foi mais lenta. A expectativa para eventos futuros, novos debates e provas do curso e estudo para o seminário espírita que vou participar, agitaram meu coração e eu vi mina vida caminhar.
Março também me trouxe o modo automático, dias que não sei o que fiz. Coisas que esqueci por não dar atenção. Escrevi a primeira parte desse texto sem me importar para o que virá depois. Uma ansiedade diferente, que não estou tentando manter.
Meu corpo de desequilibrado, mãos tremulas por nada. To reedificando minha fé. Não posso perdê-la e não irei.

Março, 2ª parte
Desistir de pintar as próprias unhas, como desistir de passar base na cara.
Sou desastrada demais para não borrar a unha e cansada de excesso de luminosidade no rosto e de parte da cor dele fica em outro lugar.
Lado bom? Não me sinto menos mulher por isso, principalmente em questão das unhas. To buscando meios de cuidar mais de mim.
Falando em cuidados, quem inventou a balança? Alais, quando começou a cultura desastrosa de pesar semana após semana e sentir-se mal a cada grama?

Março, 3ª parte
Algo que posso valorizar em mim é o fato de mudar minha escrita, mesmo não escrevendo nada que
preste.
Sento no meu quarto, pego o caderno, caneta e percebo que em geral faço isso quando dilemas estão presentes. Geralmente, sempre estarão no fim. Mas quando só se faz isso há três meses, começa a bater algumas dúvidas.

Março, 4ª parte
Eu desistir de postar o que escrevo no instagram. Por quê?
Tão natural como começou, eu não sei. Queria postar o que escrevo, mas a bad é mais forte. To tentando acordar do sono que amaldiçoei a mim. Complicado, mal sei o que descrevi, escrevi.
Eu ando muito estressada para alguem que fica em casa e to engordando para alguem que faz quatro refeições por dia.
Meu desequilibro tá grande, mas escrevendo isso penso que não é constante: equilíbrio é a busca. E pode ter dias que não vou buscá-la e outros que não vou encontrá-la.
Conclusões:
Talvez a letra falha, ilegível e incompreensível seja o medo que alguém leia ou o medo de eu lê-las. Tem tanta coisa que nem faz mais sentido.
Engraçado:
Se não faz mais sentido, é por que passou.
Passou-se, não dói mais.
Então o hoje um dia não vai doer.

Março, 4ª parte
Foi preciso externar o que estava por dentro. Em palavras. O melhor meio de tirar o que estar remoendo. É melhor admitir que pior viver. Existir é também lidar com o inferno de si.

Março, parte 4, 5, 6 e eu nem sei.
Hoje eu realmente, mais cedo, teria lembrado em escrever algo de útil. Não deu certo. Mas, hoje, teve muitos desafios. Falar em outro idioma com pessoas que nunca vi é um tanto complicado.
Esquisito na verdade, mas está tudo bem.

Março, parte depois do 5
Cada vez que se pede perdão é uma gota de orgulho que se vai. Amém.
Eu to tentando e acho que Março foi um mês que me pôs a prova, exercitar o que tanto tento aprender no espiritismo. Não vou ser santa, claro. Mas pedi perdão me fez tão bem quanto encarar meus tristes sentimentos que permanece em mim. A única certeza é que a vida segue, dia após dia.
Restringido meu olhar pra o que faço hoje, me dar novo ar de futuro. Mas, o hoje deve permanecer, é o hoje que faço a diferença. É hoje que eu peço perdão.

Março, ultima parte
Ultima semana com sentimentos de ser útil. Isso faz tão bem ao meu coração e mente que até meus ânimos modificaram, me sentir muito mais feliz essa semana.
Outro ponto, excluir todas as minhas musicais e to recomeçando. Musica é a transmissão dos meus sentimentos e tudo estava meio confuso. A certeza de excluir tudo e recomeçar, sem arrependimento, faz entender que algo está mudando e vai continuar.

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