Maio que floriu...


Não posso em nenhum momento reclamar desse incrível mês de Maio e as oportunidades que me fez passar. Ele caminhou lento, tranquilo, a ideia de viver cada dia de uma vez foi constantes, inúmeros sorrisos, momentos, alegrias importantes aconteceram e também muitos medos me abalaram, uma ansiedade louca tomou conta de mim de não aguentar ser quem eu sou, uma dor constante, a ideia que estou certa e que estou errada aparecia a cada instante e nessa ultima semana do mês uma tristeza me abalou. Por que não posso reclamar disso? Porque diante de tudo que aconteceu, diante de todas as coisas boas e lindas que eu presenciei, não poderia estar mais grata com esse contraste.
A gente passa a vida aprendendo que tudo tem que tá mal, corrido, feito às pressas, que a gente não tem tempo pra nada e que se, por algum mistério da vida, tudo estiver bem algo estar muito, mas  muito errado. A gente se acostumou com esse paradigma do feio, do mal acabado, de uma vida de reclamações, em olhar o copo meio vazio ou de já tê-lo jogado na parede.
Que coisa não? Creio que nos ensinaram a viver do modo errado.
E vem maio me contar como é a vida, essa dualidade, essa inconstância que é viver e que estar tudo bem, por que isso vai passar. Tudo passa, minhas tristezas, alegrias, reclamações e raiva, vão passar.
Sendo mais específico, tenho que pontuar os eventos desse mês. A começar o show do trio mais maravilhoso dessa life que se chama Tuyo.
Tuyo é uma banda curitibana composto por Lilian, Layane e Jean, que trás um folk futurístico para nosso cenário brasileiro. Melodias dançantes e com letras incrivelmente profundas, seu show não poderia, em nenhum momento, fugir dessa entrega e singularidade. Foi lindo cantar musicas como Candura, Solamento, Me leva (com a integração da musica francesa Un Million da Yello), Vida Loka, Soledad e também o mais novo trabalho deles Cuidado.

Minha paixão por eles começaram ainda com o Simonami, graças a uma publicação da cantora Uyara Torrente (A Banda mais bonita da Cidade). Sabe aquele amor que a gente ouve falar que mãe tem? De querer ver os filhos da melhor forma, crescendo, indo pro mundo? Eu sinto a mesma coisa por eles e não é exagero.
Eu fico tão feliz com eles alcançando esse Brasil todo, expondo suas músicas, seus sentimentos, suas lutas, cantando, compondo, gravando! Foi uma honra ir no show deles aqui em Brasília com a minha irmã, encontrar pessoas que se encantam pelo o trabalho deles.
O mini pôster tá pregado na parede e eu sei que quando eu achar que foi um sonho é só olhar as assinaturas atrás.
Banda Augusta
O Show do Tuyo também trouxe três novas bandas para minha vida: Banda Augusta (escutem a música “Onibus”!), Raquel Reis (com o recente clipe da música “Sorte”) (essas duas bandas fizeram show no mesmo dia da Tuyo) e Bruna Mendes de Goiânia.
Outro evento importante foi o dia das mães. Clichê? Não na minha família, eu gosto muito dos momentos que tenho com eles, das oportunidades de conversar, das palhaçadas e de estarmos sempre juntos. Hoje, lendo alguns post do instagram vi o quanto eles me ensinaram e me ensinam a viver.
Raquel Reis
Por ultimo, o seminário Espírita da casa espírita que frequento, como tema Obsessão: o amor que ainda não floresceu. Esse seminário trouxe uma nova visão sobre a obsessão e principalmente sobre como nos relacionamos com as pessoas, desse cuidado que a gente tem que ter conosco, nos vigiando e orando, e também das nossas respostas ao mundo. Eu fiquei a parte de evangelização e foi muito bom trabalhar o mesmo tema com as crianças e ter esse momento divertido e leve com eles. Amo muito essa casa espírita, são realmente parte da minha família.
E como disse, meus momentos ruins. Uma tristeza me abateu e não saber quem eu era ou quem eu queria ser foi um grande desafio. Tantas incertezas, tantas ideias de injustiças e uma vontade louca de sair correndo ou de abraçar qualquer pessoa que estivesse próximo de mim foi muito forte. Mas passou, a tristeza que me aponderou nessa última semana foi diferente, foi branda, ou simplesmente eu que aprendi a lidar.

Talvez foi esse o aprendizado de maio: saber lidar.

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