Até onde vai a tua dor?
A gente sempre questiona a dor do
ouro. A nossa fala se baseia no simples fato que “se fosse eu, passaria
tranquilo”.
E até pode ser verdade, mas já percebeu
a falta de compaixão dessa frase?
Só sabe da dor quem sente (frase
clichê não poderia faltar nos meus textos) e realmente, só sabe quem
sente. Só em quem doi, sabe o tamanho, o
quanto ela fere e, principalmente, quando essa dor vai passar.
E até onde vai sua dor?
Certa vez, numa novela, escutei a
seguinte frase:
se você já chegou no
final do poço, pra quê continuar cavando?
Quantas buracos estamos aprofundando ainda mais?
Quantos machucados não saram por
que a gente tira a casca que o protege?
Quantas e quantas vezes a sente
volta a insistir numa dor que já era para ter passado?
Até onde é a própria dor e até
onde é a gente fazendo-a doer?
Varias perguntas sem respostas
aparente. É incalculável o quanto a gente se fere, sem querer até, pelo simples
fato de não compreender, por não deixar que as coisas sigam a fluidez normal.
Até quando insistir em nadar
contra a maré?
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