“Se alguém ama uma flor da qual
só existe um exemplar em milhões e milhões de estrelas, isso basta para que
seja feliz quando a contempla...”.
Eu tenho uma teoria que quando a
gente consegue escrever algo, ou dizer, é por que aquilo já chegou a alguma
decisão dentro de nós e está apto a ir ao mundo. Não que estejam certas ou
erradas, só aptas. Então estou eu, numa noite de domingo, repetindo a minha
frase favorita d’O Pequeno Príncipe e percebendo que quanto mais eu me ouvia
dizendo, eu compreendia algo a mais.
A principio essa frase pode dar
um entendimento de suficiência, de que eu não preciso de muito para ser feliz,
que posso me contentar com pouco e tudo o mais de clichês que a gente encontra
verbalizado por aí, porém ela tem outro lado.
Se pararmos para pensar, todo
mundo é único. Ninguém é igual nesse mundo, por mais que histórias se repitam,
que conhecimentos se abracem, por mais que estejamos no mesmo lugar, tendo
feito e passado pelas mesmas coisas, todo mundo é único. E ponto final.
Assim, nossas convivências
diárias são únicas. Cada pessoa que passa na nossa vida, cada momento com elas,
cada conversa, briga, risadas é único, não se repetirá jamais. Pois, por mais
que vejamos aquela mesma pessoa todos os dias já não somos os mesmos, estamos
dentro de processos de redescobrimentos constantes e a cada segundo que passa,
a cada nova leitura, novo post no instagram, cada coisa que a gente ouve,
estamos sendo diferentes de dias atrás (imagina anos).
E a dúvida fica, será que estamos
felizes quando contemplamos as unicidades que vivemos?
Acredito que nem sempre, é muito para
nossa rotina simplesmente começar a encarar as coisas como
elas são: únicas.
Mas, imagina que maravilhoso encontrar sua família e pensar que não importa
quantas famílias existam, a sua é única. Encontrar seus amigos e pensar que
dentro desse mundão todos, eles são únicos. Encontrar uma pessoa no trabalho,
independente se gostamos ou não, e imaginar que são únicos. E que o momento que
estamos com eles são únicos e jamais se repetirão.
Você ficaria mais feliz ou mais
triste em lembrar-se do que passou? Você aproveitou cada pessoa, cada história?
Talvez, percebendo isso o nosso
tempo fique mais completo. Nossas risadas mais sincero, nosso abraços mais
fortes, nosso brilho no olhar mais luminoso.
E até olhar-se no espelho seria
algo belíssimo, pois também somos uma unicidade maravilhosa.
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