Não sei se quero ser Porto Seguro


Um porto é uma área, abrigada das ondas e correntes, localizada à beira de um oceanomarlago ou rio, destinada ao atracamento de barcos e navios, com o pessoal e serviços necessários ao carregamento e descarregamento de carga e ao estoque temporário destas... (Wikipédia)

Há alguns dias eu venho me questionando sobre “ser porto seguro” e toda a problemática que isso dar. Não sei se estou preparada para o vai e vem de qualquer pessoa em meu coração, ele não é abrigo temporário e nem eu quero que ele seja. Não quero sentimentos ocasionais, proporcionado por uma invasão, causando confusão e depois eu ter que arrumar a bagunça. Não quero carga desnecessária, ser estoque de emoções que não são minhas, tudo com data de validade.

Mas, por outro lado, ser porto seguro e temporário é o que nos forma. Nem todas as pessoas estão conosco o tempo todo, nem todas as pessoas ficaram conosco até o fim. Existem pessoas temporárias que vieram nos ensinar algo e que partirá. Existem sentimentos que devem ser temporários e não devem habitar.

E nesse meio tempo eu não tenho ideia se quero ou não ser porto seguro de alguém. Não sei se quero ser portadora de sentimentos líquidos, sentimentos rasos e temporários que irão quando eu menos esperar. E ao mesmo tempo, longe de querer expulsar qualquer pessoa da minha vida.

No fim, tudo é uma questão de equilíbrio. Equilíbrio entre o que me pertence e o que não, entre o que é permanente e o que não é, entre todos que querem ficar ou aqueles que simplesmente querem ir.

Aprender que as pessoas/coisas passam pela gente enquanto a gente também passa por elas (parafraseando Enrique sem H).

E, se for pra ser porto, que seja para meu próprio abrigo e de tudo que me compõe.



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