A celebre frase “se a vida te dar
limões, faça uma limonada” não veio com manual de instruções. Ok, claro que
sabemos que para fazer uma limonada basta limão, água e açúcar (se você for
adepto), mas e na vida? A receita não tem somente três ingredientes.
É muito difícil pegar as
situações de nosso dia a dia e transformá-la em algo que pode nos fazer
crescer, nosso primeiro impulso sempre é chorar, pestanejar, criticar e não ver
solução. Na verdade, às vezes eu realmente acho que não tem solução.
É difícil simplesmente aceitar o
hoje como o melhor, por que sempre almejamos o futuro, um futuro melhor. Sempre
achamos que em nosso presente somos a nossa pior versão. Nossas comparações não
deveriam focar o hoje com o amanhã (sempre incerto), mas sim o nosso hoje com o
nosso ontem (que já foi construído e desconstruído inúmeras vezes e que forma
quem somos hoje).
E devido a essas inúmeras
comparações com o amanhã que nunca chega, não da forma que pensamos, é difícil fazer
uma limonada. Como pegar as dores de hoje e deixa-las confortáveis? Como pegar
as dúvidas de hoje e transformá-las em certezas? Como não reclamar de algo que
nos falta e que queremos? Como viver nesse mundo onde tudo todo mundo (parece)
tá fazendo?
Que tarefa difícil temos. Se eu
pudesse dar um conselho a mim, seria manter a calma. Outra tarefa difícil.
Mas isso é o certo. Manter a
calma para não nos desesperarmos perante os desafios, manter a calma para não
nos compararmos desnecessariamente, manter a calma para entendermos que cada um
tem o seu tempo e que estamos no nosso, manter a calma para entender os nosso “eu”s,
manter a calma para a gente conseguir enxergar melhor, ouvir melhor, está
atento ao que nos aparece.
Manter a calma para nos entender
e entender o outro.
Manter a calma para se alegrar
com as vitórias do outro.
Manter a calma para entender as
nossas percas.
Manter a calma para chorar,
chorar bem e sem cobranças.
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