Respirar fundo e tomar outra rota. Como? Não se sabe, não existe uma fórmula e quem já fez isso e logrou executar, não sabe como chegou lá. Por que no fim, por mais que inúmeras pessoas tenham trilhado o mesmo caminho do qual estamos, ele é exclusivamente nosso e único.
Paradoxo.
A gente nasce sendo empurrados em sistemas, lógicas, padrões de vestimenta, corpo e sentimentos. Nada pode fugir e mesmo quando achamos que estamos nos distanciando dos ditos padrões, percebemos que lá no fundo ainda resta o "velho" ranzinza que tanto nos orgulhamos em dizer que não temos. Ninguém é tão desconstruído ao ponto de julgar quem é melhor. Na verdade, o julgamento já uma forma de mostrar que evolução nenhuma chegou até você.
E aí, lembro mais uma vez da frase do livro O Encontro Marcado: Era como se ele, apenas ele, excedendo a si mesmo, num
movimento brusco saltasse fora da engrenagem e, desgovernado,
pudesse ver de longe o mundo pacífico e feliz de que não sabia
participar.
Eu to vendo um mundo feliz, mas não boa o suficiente para participar e também vejo um mundo cruel mas não sou mais essa velha mulher que se abate com qualquer coisa. É como se eu tivesse no meio termo, olhando tudo a minha volta, analisando constantemente a todos, vendo cada ação mas eu não consigo participar de nada, por que em tudo minha voz cala.
E nisso eu vou me isolando, saindo dos eixos, vendo esses mundos e me sentindo cada vez mais só.
Contudo, não triste, nem rancor, talvez com dúvidas.
Complexidades, sei. É difícil existir num mundo a existência é algo questionável e condenável. E nisso, das dúvidas de quem estou, onde sou, a gente tenta se formar de alguma forma, retirando o que é de ruim em nós e colocar algo bom.
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