Existe uma música que amo muito que tem a seguinte frase:
não posso fugir de mim se só tenho saídas pra dentro... Sentada para escrever
um texto, eu lembro dessa música que me traz tanto afeto.
Todos os dias tento fugir daquela imagem do espelho, mas
longe de ser somente a que se reflete, mesmo em um espelho comum consigo depara
com o que há dentro de mim e dessa versão super atualizada eu tento fugir todos
os dias.
É dolorido se deparar a todo momento com sentimentos e
pensamentos que eu jurava não fazer parte de mim, há tanta coisa que desconheço
mas é preferível as fugas, as lutas, os nãos do que aceitar quem eu sou para
modificar.
E olha que eu tenho fases maravilhosas de autoaceitação que
logo se transformam em autodepreciação. Hoje, vivo misto de ambas. De um lado decepcionada com o
que há em mim, eu outro aceitando as minhas particularidades. Em todos os
cantos as dificuldades de me ver como um ser em evolução.
Hoje a vontade de chorar pelas coisas não tem se encaminhado.
Amanhã, literalmente amanhã, eu vejo a glória de não terem acontecidos e o que
será daqui dois dias? Ou três? Talvez eu até esqueça desse fato e ele se acumulará
dentre vários outros que nem sei o por que de um dia ter sofrido.
Nisso, o desejo é constante em tentar ser presente.
Tentar
ser eu.
Viver o meu momento longe das ideias que ocorrem só na minha cabeça.
Longe das teorias das conspirações,
inspirações
ou loucuras.
Não há muito lugar para ir e talvez eu nem queira sair do
lugar.
Comentários
Postar um comentário