O termo responsabilidade
emocional foi utilizado algum tempo atrás para darmos mais atenção em como
gerirmos nossos relacionamentos de maneira geral, principalmente com aquelas
pessoas que sabemos que gostam de nós e nem o ignoramos de vez, nem dizemos a
verdade e quando bate aquela solidão é para quem ligamos declarando amor. Aqui,
quero tentar trazer outro debate.
Estamos em uma crise de saúde.
Uma crise que reflete:
a) como lidamos com nossa saúde;
b) como lidamos com os
nossos preconceitos (xenofobia);
c) como lidamos com o outro. E nesse ultimo
ponto que entra nossa discursão.
Não há como negar que são tempos difíceis
e, sinceramente, nosso governantes não ajudam com informações claras do que
está acontecendo, aterrorizando assim a população. O vai e vem de números,
conteúdo, diz uma coisa e faz outra totalmente diferente, nos leva aos abalos
emocionais e questionamentos sobre tudo. Tudo! E dentro disso nos vem as mais variadas notícias
falsas. Com qual objetivo? Não sabemos.
É inacreditável que perante uma
crise alguém se propõe a criar uma história sabe Deus da onde e divulga em
redes sociais. O tom de verdade na voz me impressiona, as informações com itens
verídicos nos leva a crê que o mundo irá acabar amanhã. Divulgam sem questionar
quem irá ler aquelas notícias, a quem vai chegar.
A notícia falsa faz a mãe de
família questionar como será seus dias, como está seus filhos, o risco de
entrar no ônibus. Faz o pai se preocupar, estressar. Você até se questiona seu
lugar. E nisso tudo, temos o fator que: o PRIVILÉGIO de seguir em quarentena em
suas residências não é algo alcançável a nossa população que anda a pé as 05 horas
da manhã dentro do ônibus lotado.
Compartilhar Fake News nesse
momento é contribuir para a pandemia. É faltar com a responsabilidade emocional
que nos compete.
Mas talvez você pense que é o
dever de cada um verificar se a notícia é verdadeira ou falsa, que claramente
todo mundo deveria fazer isso. Não seria obvio? Você compartilhou por que acha
que é verdade, se o outro vai acreditar ou não é questões dele. Eu até concordaria se realmente tivéssemos criado um Brasil sob os princípios do questionamento,
da dúvida, do perguntar ao invés da DOUTRINAÇÃO que temos dentro de sala de
aula onde o que se fala se repete (não só dentro da sala de aula, meu TCC tá aí
de prova dessa repetição desnecessária e inútil).
Em tempo de crise como a que
vivemos, é nossa responsabilidade sim questionar as notícias que chegam até nós
e principalmente não divulgar, não espalhar. É nossa responsabilidade desmentir
e também levar paz aonde quer que estejamos. É nossa responsabilidade não criar
pânico, não criar/divulgar fake News.
E claro, nossa responsabilidade
não propagar mais ainda esse vírius obedecendo as mínimas atitudes diárias de lavar as mãos, por exemplo. A informação é a paz que
precisamos.
Para finalizar, uma frase de um
livro muito digno de leitura:
El verdadero Conocimiento no se divide
en compartimientos porque todo procede de una única verdad.
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