Eu deveria deixar ir...

Meu coração bate como de todos. Respiro como qualquer um. Como. Durmo.  Acordo. E entre as rotinas diárias de um corpo que morre todos os dias um pouquinho, eu vou tentando. O quê? Já me fiz essa pergunta inúmeras vezes.
O que eu tento?
Hoje, desperto para o viés de tentar ajudar quem tá próximo, bem próximo. E aí lembro: será que minha ajuda é o que o outro precisa? Não. Com certeza não. Eu não questionei, eu só imaginei o que seria.
Dentro da minha ajuda está o autoritarismo, o desejo de deixar tudo alinhado, tudo e todos bem e nisso, percebo que o que quero é está bem comigo. Saber que não falhei.
Por outro lado, por mais que eu carregue uma placa com a pergunta: que queres? Não ouço nenhuma resposta (ou não quero ouvir?).
E eu fico na dualidade: não quero falhar, não quero que eles falhem, mas não posso carregar tudo. Tenho que me livrar dos fardos que não são meus e deixar ir para eu poder ir também.
Como?
E se o caminho não for o melhor para ninguém?
Na verdade, vejo que eu não deveria agir como uma mãe ou pai de ninguém. Deveria ser só eu, mas é mais forte a necessidade de tentar proteger a qualquer custo e olha que nem sei se estou me salvando.

É complicado está no meio do caminho, qualquer decisão terá consequências. E quais nunca tem? O certo mesmo é tentar ser feliz. A felicidade é testada dia a dia, minuto a minuto. A gente vai descobrindo o que nos magoa o coração ou aquilo que a gente entende que pode criar raízes.
Está em quarentena é entender os mais variados processos, vivência-los e não tentar enlouquecer.

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