Todo processo de cura é demorado

Estava tentando desaparecer e, como em todas as minhas crises, eu vejo as coisas acontecerem e permito, para não ter que forçar algo que não existe.
Vou aprendendo onde pisar, o que apagar, o que imaginar. Vou equilibrando o peso do mundo e a fuga de tudo. Tento ao menos. E assim resta a cura. Eu sei onde dói, o que cicatrizou, o que tá na casquinha e remexo onde deve, porque até algumas dores tem que ser (re)sentidas. 
Quando eu sinto o cansaço físico e emocional, eu consigo remexer coisas que nem sabia, mas que estavam aqui presente.
Todo processo de cura é demorado. Existe sentimento tão enraizados em mim, tão profundas, tão complexas que eu mal as consigo enxergar. Elas fazem tanto parte de mim como o ar que respiro, mas uma hora, essas raízes que não me pertencem incomodam e assim eu entro no processo de retirada, um processo que machuca, sangra, mas que ao mesmo tempo é o processo de cura.
Crescer doi, não me contaram diferente e eu acho que sempre deixei isso claro aqui.
As vezes eu não quero nada disso, as vezes eu me aprofundo. Na maioria das vezes eu simplesmente não sei de nada e em outras tudo faz sentido.
É processo, é tempo, é dedicação.

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