De início não me doi está presa no escuro, eu consigo até encarar bem, mas eu sei, eu sinto, que a história só se repetirá. Daqui uns dias, uns meses, eu me afundarei ainda mais neste buraco, com essas paredes úmidas ao meu redor e chorarei de medo até entender que a escada ao meu lado é para eu subir.
Eu aprendi a valorizar minhas dores, como porta para o conhecimento de mim mesma. Nisso eu vou me permitindo sufocar até jogar tudo para fora, até sair o grito e eu possa liberar de alguma forma o que sinto. Então, subo a escada e vou ver o sol.
Valorizar a tristeza? Não sei, não consigo colocar limite ou qualquer barreira, eu só vou dosando o que eu sinto, vendo minhas medições, vendo onde o veneno e o remédio se fundem.
Perigoso, eu sei. Mas diariamente eu vou me conhecendo para saber quais buracos me afundam ainda mais, quais caminhos eu sei voltar e que pensamentos eu tenho que cuidar.
Mas é sempre bom lembrar: autoconhecimento não é apenas viver no limite, se desafiar. É, na verdade, entender que há caminhos para trilhar, outros que não há que pensar, outros que a gente ignora de inicio e outros que, mesmo tortuosos, te levará a salvação.
A dica é sempre: quando doi demais, há que repensar a rota.
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