As peças se encaixam quando a gente passa a sentir




















arte nunca foi meu forte. na verdade, nunca a entendi bem e nunca a procurei entender. Aí chego no quarto semestre e tenho uma disciplina sobre a história dela. Entre indignação e perguntas, entendi - um pouco - sua importância.

Não que antes ignorasse, mas infelizmente nunca a senti como deveria. se falava de tanta técnica, habilidade, dom, e se esquecia que o importante mesmo era sentir e isso até no realismo.

A história do mundo, apesar de ser transmitida errada, não está apenas nos livros históricos de política e economia. 

A arte esteve presente em refletir o que se passava, jogar pra fora o abstrato dos dias, dos sentidos, dos sentir.

Me doi o quanto o ensino esquece de trazer o “sentir” para o dia a dia. tudo ficou mecanizado, planificado, robotizado. uma estrutura cruel que tira o que nos faz ser quem somos.

Talvez se nos ensinasse a sentir não soaria tão estranho economistas-músicos, professores-cantores, mecânicos-sonhadores. 

Talvez, a gente não tinha tanto medo e não se negasse tanto como a gente se nega e nega os outros.

Ainda me falta estudar sobre a Vanguarda e nem sei o que restará de tudo que eu li. Mas o que sinto, isso ninguém me tira.


Afinal, eu não tenho história para contar. Eu tenho sentimentos.


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