Viver nas entrelinhas


Síndrome de burnout, ansiedade, depressão. Já ouvimos todos esses termos, sabemos as definições, mas ainda demoramos muito em perceber quando tudo isso habita em nós. Infelizmente cada dia mais nos vemos com inúmeras pilhas de cobranças, internas e externas, e por mais que todo dia seja uma batalha travada ainda estamos presos em correntes.

É assim que eu me sinto. Estou presa dentro de uma série de pensamentos, cobranças e linchamentos internos de uma forma tão grandiosa, tão grandiosa que nem sei... realmente nem sei e no fim eu só me limito.

Ser criativa, inovar, viver ser além do que eu sou, se tornaram um fardo enorme e quando eu acho que estou evoluindo olho de novo e me vejo no mesmo lugar.

Esses dias cheguei a conclusão que vivo nas entrelinhas, ou seja, vivo dentro daquilo que ninguém diz que é, que está subentendido e, de certo modo, ignorado. Vivo entre as informações e por não ser "oficial", por não está nem no primeiro ou último lugar, é um quase. Viver nas entrelinhas é viver no quase: eu quase sou feliz, eu quase consigo o emprego dos sonhos, eu quase faço algo útil. 

Vivo na dúvida do copo meio cheio ou meio vazio, mas não como alguém que muda de opinião mas como alguém que não sabe que resposta dar.

Assim que hoje eu me sinto.

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