Após esses dois anos de pandemia, eu percebi que pouco fiz para ser feliz. Não estou falando de grandes eventos, beber todas, correr risco. Falo daquela felicidade simples, em jantar em um lugar legal, sair com os amigos para conversar, andar por aí sem hora pra voltar. Hoje, eu só consigo diminuir a minha lista de amizades.
Quando penso nisso tudo eu vejo apenas em mim o reflexo de uma sociedade sobrevivente... não como alguém que chegou da guerra mas como o o guerrilheiro que ainda está lá, entre explosões e tiros, tentando sair vivo.
São poucos que vejo está plenamente vivendo neste país, vivendo no equilíbrio... Eu sinto falta disso: de viver sem extremos, viver sem estar em uma guerra. Só que logo escuto uma explosão e preciso voltar à realidade do ônibus de cada dia, do dinheiro faltando no fim do mês, de acordar muito cedo e dormir muito tarde.
Voltar a realidade que na verdade eu estou longe, talvez em um passado ou em um futuro... nunca no presente. Sabe.. é sempre trabalhar para o dia de amanhã porque o ontem não fiz... em projetar a felicidade de amanhã logo que no ontem eu não fui... E cadê o presente?
O que eu estou tentando, no HOJE, é me conscientizar que essa correria para trabalho, cursos e nunca estar presente não seja uma realidade... me conscientizar de mim no hoje.. no que faço agora, no que eu quero sim construir mas o quanto eu sou feliz no presente para o amanhã ser uma continuidade do que levo.
Eu busco equilíbrio.. e você?
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