Crônica de uma habitante - ep.8 - Meias trocadas para o fim


Chego ao fim de um ciclo mas a certeza de recomeço não vem junto. Tudo bem, eu sei, elas não estariam juntas mesmo. Nem sempre terminar algo significa que outra coisa extraordinária vai acontecer e preencher aquele vazio íntimo e físico que agora se formou.

E é por isso que estou aqui. 

Comecei esse texto com a ideia que não sei lidar com os fins, mas na verdade o que eu não sei lidar é com a falta de recomeços. Qualquer mudança nos enche de expectativas sobre o que vai acontecer com o futuro e, por mais que eu tenha entrado 2023 totalmente desesperançosa, eu esperava mais... muito mais.

E por falar de 2023...

Eu todos os dias rezo na esperança do bom ânimo invadir meu coração para que eu possa seguir firme este ano. Há um vazio instaurado que já vem de muito tempo mas que eu percebi apenas agora e olhando o tamanho do rombo, eu só quero ser feliz... Por dentro.

Mas algumas coisas seguem...

Algo que está me fazendo muito bem é o podcast Que Falem os Fantasmas. Poder desabafar lá tá sendo maravilhoso para entender algumas coisas que passam na minha cabeça. 

Apesar de ser ano de TCC, estou com foco na leitura. Comecei ontem (19) a ler o livro Zen para  distraídos da Monja Coen e Nilo Cruz. Muitas perguntas ao decorrer do livro e eu espero mesmo responder ao menos uma delas.

No fim...

As coisas sempre terminam e outras começam, nem sempre juntas, nem sempre completamente.. Mas imaginar a vida na volta do espiral é saber que estamos cada vez caminhando e caminhando ainda mais para completar a volta.


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